Bares e restaurantes projetam alta nas vendas no 1° trimestre de 2025

Mas o otimismo esbarra na inflação elevada, que reduz as margens do setor. Em São Paulo, a maior preocupação é com aumento da alíquota do ICMS

Redação DC
26/Dez/2024
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Bares e restaurantes projetam alta nas vendas no 1° trimestre de 2025

O setor de alimentação fora do lar tem perspectivas positivas para 2025. Uma pesquisa realizada neste mês pela Abrasel, associação que reúne bares e restaurantes, aponta que 73% dos empresários desses ramos projetam aumento nas vendas no primeiro trimestre do próximo ano, comparado ao mesmo período de 2024. 

Apesar do otimismo para os primeiros meses de 2025, a inflação continua a ser um desafio para o setor. O levantamento aponta que 32% dos entrevistados não conseguiram reajustar os preços de seus cardápios nos últimos 12 meses. Para 60%, os reajustes foram realizados abaixo ou conforme a inflação, enquanto apenas 9% conseguiram realizar ajustes superiores à inflação.

Segundo a Abrasel, há uma pressão constante sobre as margens de lucro, especialmente com o aumento nos custos de insumos essenciais como alimentos e energia.

A pesquisa ainda mostra que o endividamento dos bares e restaurantes continua elevado, com 39% das empresas com dívidas em atraso, entre elas, impostos federais (71%), impostos estaduais (48%), empréstimos bancários (35%), encargos trabalhistas e previdenciários (28%), serviços públicos como água, luz, gás e telefone (25%), taxas municipais (21%), fornecedores de insumos como alimentos e bebidas (20%), aluguel (19%), fornecedores de equipamentos e serviços (10%) e empregados (7%).

PROBLEMA É MAIOR EM SÃO PAULO

No estado de São Paulo, os desafios para o setor de alimentação fora do lar são ainda maiores por causa da perspectiva de aumento da carga tributária. A partir de janeiro, o governo do estado deve elevar a alíquota do ICMS para bares, restaurantes e padarias, dos atuais 3,2% para 12%.

Segundo Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, a decisão de aumentar o ICMS em São Paulo “impede completamente a recuperação do setor e gera impactos negativos em toda a cadeia.”

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“Estamos diante de um cenário desafiador. Apesar da confiança no crescimento das vendas, o aumento do ICMS em São Paulo é uma medida que ameaça a sobrevivência de milhares de empresas. Essa decisão não apenas impactará os empresários, mas também os consumidores, que sentirão o aumento dos preços nos cardápios”, diz Solmucci.

O setor informa que está dialogando com o governo estadual para tentar reverter o reajuste da alíquota.

 

IMAGEM: Felipe Denuzzo/DC

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