13º salário vira combustível para a Black Friday, mostra pesquisa da ACSP

Roupas, calçados e acessórios devem ser os itens mais consumidos no período de promoções, segundo o levantamento

Redação DC
21/Nov/2024
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13º salário vira combustível para a Black Friday, mostra pesquisa da ACSP

O pagamento da primeira parcela do 13º salário, que já está caindo na conta bancária do trabalhador, é um impulso a mais para a Black Friday. Segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), metade (50,9%) dos consumidores entrevistados informou que usará o benefício para ir às compras no período de promoções.

O levantamento foi feito em nível nacional e ouviu 1.702 consumidores. Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o fato de os consumidores direcionarem o recurso para a Black Friday mostra que a data se consolidou como uma das mais importantes para o comércio no país.

O levantamento aponta ainda que 37,2% dos respondentes não têm intenção de usar o benefício – que precisa ser depositado pelas empresas até 30 de novembro – e 11,8% ainda estão indecisos.

A pesquisa indica também que a maioria dos consumidores (53,6%) pretende gastar até R$ 600 na Black Friday deste ano, valor maior do que o obtido pela mesma pesquisa realizada no ano passado. Segundo o economista da ACSP, o aumento na pretensão de gasto pode ser atribuído ao crescimento da ocupação e da renda. “O fato de mais da metade dos entrevistados estar planejando gastar mais nesse período é um indicativo de que o consumo deverá continuar crescendo", diz Gamboa.

De maneira geral, o levantamento mostra que 37,3% dos entrevistados pretendem fazer compras na Black Friday deste ano, leve redução em relação à pesquisa do ano passado. Outros 32,8% responderam que não têm intenção de consumir e 30% estão indecisos.

Com relação aos motivos para realizar compras durante a data, 22,2% dos entrevistados afirmaram que pretendem antecipar as compras de Natal; 46,5% têm interesse em adquirir itens de que precisam; e a maioria (51,0%) destacou que o principal motivo é aproveitar as promoções e descontos exclusivos dessa data.

Com base nesses dados, Gamboa diz que, assim como nos últimos três anos, não se espera uma "canibalização" significativa das compras de Natal, “o que aponta para um crescimento das vendas no varejo tanto em novembro quanto em dezembro.”

A pesquisa também revela que a maioria das compras ocorrerá em grandes redes de varejo (59,6%) e, predominantemente, de forma on-line, por meio de computador, celular ou tablet (54,5%), seguindo a tendência consolidada nas edições anteriores da Black Friday.

ITENS MAIS DESEJADOS

Entre os produtos mais procurados no período de promoções, as roupas, calçados e acessórios aparecem na primeira posição, com 38,9% das intenções de compra. Em seguida aparecem celular (21,2%), perfume (19,4%), móveis e artigos para o lar (20,6%), computador, notebook e tablet (16,5%), televisor (14,5%) e artigos de linha branca (41,4%).

Produtos Pretendem comprar À vista Parcelado
Roupas, calçados e acessórios 38,9% 69,6% 30,4%
Joia/Bijuteria 8,4% 76,4% 23,6%
Perfume 19,4% 68,0% 32,0%
Bebidas  8,8% 77,1% 22,9%
Celular 21,2% 60,5% 39,5%
Viagem 8,8% 45,3% 54,7%
Hospedagem em hotel 5,5% 55,6% 44,4%
Livro 10,3% 77,6% 22,4%
Computador/Notebook/Tablet 16,5% 52,8% 47,2%
Relógio 8,8% 73,9% 26,1%
Televisor 14,5% 55,5% 44,5%
Micro-ondas 10,1% 45,7% 54,3%
Fogão 10,3% 58,8% 41,2%
Geladeira 10,0% 53,8% 46,2%
Máquina de lavar 11,0% 56,6% 43,4%
Móveis e artigos para o lar 20,6% 53,7% 46,3%
Videogame 5,3% 53,6% 46,4%
Jogos de videogame 5,4% 62,4% 37,6%
Caixinha de som 8,4% 83,5% 16,5%
Assinatura de streaming 5,2% 64,7% 35,3%
Artigos esportivos 15,6% 64,1% 35,9%

 

Outro dado da pesquisa mostra que a forma de pagamento preferencial para essas compras seria à vista (dinheiro, débito, PIX). Esse mesmo comportamento foi observado pelo levantamento nos últimos dois anos, o que, para o economista da ACSP, reflete o custo ainda elevado do crédito.

 

IMAGEM: Thinkstock

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