Modelo de negócio usado por startups garante baixo custo e grande alcance na distribuição de serviços digitais, o que beneficia pequenas empresas
Na virada do último milênio, era comum as pessoas comprarem softwares físicos em bancas de jornais, papelarias e lojas de informática – uma das maiores representantes do segmento, por exemplo, era a Kalunga.
Entre os produtos populares havia softwares de instalação do Windows, pacote Office, games e antivírus, vendidos em caixas de papelão acompanhados de um robusto manual de papel.
A instalação dos programas também não era fácil e, muitas vezes, requeria a ajuda de um profissional de informática. Quem não tinha conhecimento técnico e se aventurasse sozinho poderia causar estragos que só eram solucionados após formatação da máquina – e todos os arquivos iam para o beleléu.
Quem tem menos de 30 anos talvez nunca experimentou essa jornada. Hoje, com poucos cliques na internet é possível acessar softwares e usá-los sem a necessidade instalar pesados programas.
É a era do SaaS (sigla de softwares como serviços, em português), modelo de negócio que, por meio de computação na nuvem, utiliza sites para oferecer serviços online.
Como tudo roda por meio da internet, o serviço pode ser acessado de qualquer dispositivo conectado. Dropbox, Spotify e Google Docs são exemplos de modelos SaaS.
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VANTAGENS
Atualmente, há diversas ferramentas tecnológicas que operam no modelo SaaS, disponíveis para pequenas e médias empresas.
São aplicativos de negócios, como sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM), de gestão empresarial(ERP) e de vendas e fluxo de caixa.
A Contabilizei é exemplo de uma startup que oferece serviços contábeis para pequenas e médias empresas e disponibiliza, por meio de SaaS, um emissor gratuito de Nota Fiscal eletrônica (NF-e).
O escritório virtual possibilita o armazenamento das notas na nuvem pelo prazo cinco anos, o que ajuda o empreendedor a ter fácil e organizado acesso aos documentos.
Outra empresa que utiliza o modelos SaaS é a Totvs, que oferece software de gestão do fluxo de caixa e gera relatórios sobre as vendas, que podem ser acessados em plataformas na nuvem.
Entre as vantagens para os pequenos negócios usar SaaS estão:
• Licenciamento. Em vez de ter a propriedade do programa, o que pode custar muito caro, a empresa contrata uma assinatura do serviço. Neste caso, os valores variam conforme a demanda do negócio e não possui taxa de aquisição, o que costumava ser uma barreira de entrada para micro e pequenos negócios na era digital.
• Local. O software não fica instalado nas máquinas da empresa, o que diminui custos de armazenamento de dados, necessidade de backup e torna o serviço acessível remotamente para os funcionários.
• Gerenciamento. A manutenção e atualização do programa deixam de ser responsabilidade da equipe de TI da empresa e passa para as mãos da fornecedora, que deve respeitar um acordo de nível de serviço, similar ao modelo utilizado por operadoras de telefonia.
• Segurança. É obrigação do fornecedor criar mecanismos para proteger os dados armazenados na nuvem e evitar acessos indevidos. Geralmente, os dados são salvos automaticamente, o que também evita que informações sejam perdidas caso haja problemas nos dispositivos de acesso durante o uso dos aplicativos.
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O MODELO É COMUM EM STARTUPS
Pequenas empresas de tecnologia costumam ter modelos de negócios baseados em SaaS devido baixo custo de distribuição, uma vez que, desenvolvido o software, é possível vende-lo remotamente para milhares de clientes.
A tática de reduzir custos e aumentar o alcance garante a escalabilidade do negócio (a capacidade de aumentar as receitas de forma exponencial sem que os custos cresçam na mesma proporção).
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Ao mesmo tempo, o modelo aumenta a produtividade das empresas desenvolvedoras, que podem prestar atendimento ao cliente, realizar atualizações e correções nos programas também remotamente.
A possibilidade de entregar o produto digital de forma ágil também é usada para testar protótipos, em que a experiência e feedbacks dos usuários são usados para melhorar o serviço enquanto ele já está no mercado.
ENTENDA OUTROS TERMOS DO GLOSSÁRIO DO EMPREENDEDOR:
• Break-even
• Churn rate
• Cobranding
• Crowdsourcing
• Benchmarking
• Bootstrapping
• Due Diligence
• Fisital
• Freemium
• Greenfield
• Growth Hacking
• Hackathon
• Holding
• Investimento de risco
• Lead
• OKR
• Pivotar
• Protótipo
• Transmídia
• Unicórnio
• User Experience
IMAGEM: Thinkstock
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