ONGs ambientais preveem novo cenário para o mercado de energia
Com o Acordo de Paris, Greenpeace e WWF esperam condições favoráveis para o desenvolvimento de fontes energéticas de substituição ao petróleo
Para o diretor-executivo da organização ambiental Greenpeace, Kumi Naidoo, a aprovação do texto final da Conferência Mundial do Clima (COP 21) sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa representa o fim da era dos combustíveis fósseis. “O mais importante desta conferência é que a indústria petrolífera recebeu hoje a mensagem de que este é o fim da era das energias fósseis.
Não podíamos imaginar que acabaríamos por conseguir um objetivo de limitação do aquecimento global a 1,5 grau Celsius [°C]”, destacou.
No final da assembleia que encerrou a conferência, Naidoo também defendeu que os investidores comecem a descontar o dinheiro de créditos obtidos com a redução da emissão de carbono para investir em fontes renováveis de energia.
Na mesma linha de argumentação, a organização não governamental WWF defendeu medidas imediatas para reduzir a emissão de gases tóxicos.
Uma das cláusulas do acordo, que entrará em vigor em 2020, prevê que os 195 países que participaram da COP 21 adotem medidas para limitar o aquecimento global a 1,5°C, mas não define quando o resultado deve ser alcançado.
Em comunicado, a ONG defendeu: “Este novo acordo deverá ser continuamente fortalecido, e os governos vão precisar concretizar medidas para reduzir as emissões, financiar a transição energética e proteger os mais vulneráveis. As negociações de Paris também fomentaram anúncios e compromissos dos governos, das cidades e das empresas que demonstram que o mundo está pronto para uma transição para energias limpa.”
Imagem: Agência Brasil