O que há com o Brasil?
Não prego nem defendo uso da violência. Mas o direito sagrado de manifestação, de tomada das ruas e de exigência do fim dos abusos e arbítrios
São perguntas pertinentes.
O que há com o Brasil?
O que há com o Poder Republicano?
O que há com Brasília?
O que há com os brasileiros?
Agora, para o brasileiro comum, pagador de impostos, sustentador da República, tudo é constrangimento, ofensa, desrespeito.
Lula tratou e trata o brasileiro como um palhaço idiota.
Brasília é a ilha da fantasia. Quem lá aporta passa a viver num mundo alienado, distante da realidade factual de um país todo.
O Supremo Tribunal Federal se tornou –eu poderia dizer se não ofendesse a associação de moradores de bairro –uma associação de moradores de bairro.
Quando a mais alta corte do país se torna um quintal de briguinhas mesquinhas de comadres melindradas e histéricas, o que resta a um país onde o Executivo está corrompido e o Legislativo mais ainda, além, claro, de distantes também dos interesses verdadeiros da Nação, apegados aos seus interesses igualmente mesquinhos de rufiões da pátria?
E por que os brasileiros comuns, honestos, trabalhadores, escravos às vezes, que sustentam tudo isso, tirando os ingênuos, alienados e de boa-fé em sua santa ignorância, assistem a tudo, ainda que indignados por dentro, de forma passiva nas atitudes?
Vamos, os brasileiros de bem, distantes das benesses, vantagens, “direitos adquiridos”, corrupção deslavada e distorções que sangram o tesouro público, seguir dando aval pacífico a isso tudo?
Não prego nem defendo uso da violência. Mas o direito sagrado de manifestação, de tomada das ruas e de exigência do fim dos abusos e arbítrios, isso não pode mais ficar na inércia.
As eleições deste ano não vão mudar nada se o sistema falido de nossa República carcomida, destruída, corrompida, for mantido. E para Brasília, que só enxerga a si e umbigo de quem tem a vantagem da coisa, tudo segue normal.
Ministros do STF se tornaram pessoas sem nenhum respeito público.
Os governantes claudicam em defesa de si próprios.
Os legisladores legislam em favor de suas causas pessoais.
Delenda Brasília.
Ulpiano, em sua sabedoria dizia: qui habet cômoda ferre debet onera. Livremente traduzido do latim significa: quem tem a vantagem da coisa deve suportar lhe o ônus.
No Brasil, os mentirosos, hipócritas, criminosos, incompetentes, sem caráter, que tomaram conta do país e seu sistema representativo, detém TODAS as vantagens e não arcam com NENHUM ônus.
Lula é a síntese do mau-caratismo desses apátridas que infestam os gabinetes públicos e exercitam sua pompa quando não estão sendo dignos nem de merecer o respeito de seus familiares.
Para não ficar só na crítica, que pode parecer barata, embora nela estejam embutidos 40 anos de jornalismo honesto, proponho: vamos sair do comodismo e tomar novamente, de forma ordeira, as ruas, e mudar o país de baixo para cima, e nas urnas, antes que os aventureiros nos dominem de vez e nos façam seus vassalos pelo uso da força.
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