O legado de grandes obras
JK entrou para a história de Minas e do Brasil com complexo da Pampulha, o plano de metas, indústria automobilística, construção de Brasília e seus reflexos no centro-oeste e norte do Brasil.
Infelizmente, a busca desesperada pelo poder, usando do palavreado fácil, promessas e medidas de alcance imediato, tem apequenado as democracias pelo mundo. E aqui não tem sido diferente. No lugar de um projeto amplo de água e esgoto, preferem uma ligação precária para garantir os votos na próxima eleição.
Esqueceram que, na memória popular, e na história, como exemplos ficam os empreendedores. No Rio, Lacerda e Negrão eram adversários, mas a história os uniu como dois grandes realizadores.
As novas gerações precisam saber que o Rio, como capital do Brasil, sofria de graves problemas até meados do século passado. Tinha até música de carnaval com letra que dizia que, na cidade, “de dia falta água, de noite falta luz”. Lacerda criou a primeira etapa do Guandu, com Veiga Brito, que veio a ser presidente do Flamengo e deputado federal, e criou escolas suficientes para atender à população suburbana.
Leonel Brizola, como político, foi muito polêmico, mas legou ao Rio o emblemático sambódromo, CIEPs e a primeira fase da Linha Vermelha. Cesar Maia deixou a Linha Amarela e muito do que foi feito na Barra.
Depois, praticamente, nada aconteceu, até que a Copa de 14 e as Olimpíadas deixassem o Rio renovado na mobilidade, na reurbanização da zona portuária, na privatização do Aeroporto do Galeão, no VLT e na chegada do metrô à Barra.
A Bahia ressurgiu com Antônio Carlos Magalhães, inovador em Salvador e criando o Turismo de qualidade e o complexo de Camaçari.
Em São Paulo não há como esconder as obras emblemáticas de Adhemar e Maluf, ambos governadores e prefeitos, assim como de Faria Lima na prefeitura da capital. Anchieta, Anhanguera, Castelo Branco, Ayrton Sena, Imigrantes e mais e mais .
JK entrou para a história de Minas e do Brasil com complexo da Pampulha, o plano de metas, indústria automobilística, construção de Brasília e seus reflexos no centro-oeste e norte do Brasil.
Os militares, com Itaipu, Tucuruí, projeto Carajás, planos habitacionais, grandes estradas e pontes, além da modernização do Estado.
De lá para cá, apenas as obras que Sarney deu continuidade e, justiça seja feita, a abertura econômica de Collor e a Usina de Xingó. Mais nada. Portanto, está na hora de o Brasil enfrentar o abandono de sua infraestrutura, que segura o potencial de crescimento, a começar pelo agronegócio. É isso que fica.
É melhor trabalhar do que futricar!
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