Setor atacadista encolhe no primeiro semestre
Queda de 1,5% no período fez a Abad revisar suas expectativas para o ano. Agora, entidade prevê estabilidade nas vendas ante 2016
O setor atacadista distribuidor encolheu 1,57% seu faturamento em termos nominais no primeiro semestre de 2017 na comparação com igual período do ano anterior.
Os dados são da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). A entidade revisou suas expectativas para o ano e agora prevê em estabilidade nas vendas ante 2016.
Apenas no mês de junho, o faturamento do setor recuou 4,3% ante o mesmo mês do ano passado em termos nominais.
Em termos reais, já descontada a inflação, o recuo nas vendas do setor no primeiro semestre chega a 5,57%. No mês de junho, a queda real foi de 7,9% em termos reais.
A Abad revisou suas expectativas para o ano após um primeiro semestre mais fraco que o esperado. A entidade projetava crescimento nominal de 2% no ano e agora acredita que as vendas em termos nominais ficarão estagnadas ante 2016.
CRÉDITO
As redes de varejo voltaram a demandar crédito junto a atacadistas e distribuidores, de acordo com os dados da Serasa Experian divulgados pela Abad.
A procura por crédito subiu 5,5% no primeiro semestre de 2017 na comparação com igual período do ano anterior. A Serasa avalia como um sinal de que melhorou a demanda de pequenos mercadinhos por reabastecimento dos estoques.
O crédito do atacado ao varejo é concedido na forma de prazo de pagamento mais largo para mercadorias adquiridas.
De acordo com Paulo Melo, diretor Institucional da Serasa, a maior parte das vendas dos atacadistas ocorre dessa forma. Pequenas redes de varejo de vizinhança são os clientes dessas empresas de distribuição.
A Serasa destacou que as consultas de atacadistas sobre crédito ao varejo aumentaram nessa primeira metade do ano depois de uma queda em 2016.
No primeiro semestre do ano passado, essa procura por crédito havia caído 13,8% na comparação com igual período de 2015.
Outro dado favorável, de acordo com a Serasa, é o recuo da inadimplência de varejistas. Esse indicador caiu 7,2% entre janeiro e junho na comparação com os mesmos meses de 2017.
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