Páscoa aumenta vendas de 58% das pequenas confeitarias
Pesquisa do Sebrae mapeou o perfil dos empresários de doces e mostra que 90% atuam em casa e 83% vendem por encomendas nas redes sociais
Desde o dia 9 de março, o perfil da A Doce Alemã nas redes sociais ganhou um novo integrante nas fotos e posts. O coelhinho Pascoal, feito de macaron recheado com brigadeiro, é o protagonista da edição especial de Páscoa da empresa de tortas alemãs.
Há dois anos e meio no mercado, a empresária Anke Weise aguarda um incremento de 70% nas vendas de tortas no período.
“Em 2017, vendi 40 tortas desta edição especial. Este ano, deve ficar em 65”, diz.
A empresária prepara pessoalmente as tortas alemãs e recebe encomendas pelas redes sociais e whatsapp.
“As edições de datas festivas têm muita saída, principalmente no Natal. Mas a Páscoa costuma representar um volume maior de vendas”.
Assim como Anke Weise, os pequenos negócios do ramo de Confeitarias e Docerias identificam na Páscoa uma oportunidade de incremento no faturamento.
Para 58% dos que atuam no setor, o período marcado pelos ovos de chocolate corresponde à uma das festividades que mais impulsionam o mercado.
Foi o que constatou a pesquisa Pequenos Negócios de Confeitaria e Doceria, realizada pelo Sebrae com 3,8 mil empresários do setor.
“Apesar do apelo lúdico e infantil, a Páscoa não é direcionada apenas às crianças. Representa uma oportunidade para os empresários conquistarem e fidelizarem novos clientes, apresentando produtos inovadores e bom atendimento", diz Enio Pinto, especialista em empreendedorismo do Sebrae.
"O cliente satisfeito com a entrega certamente volta depois do feriado para fazer novas encomendas”.
A pesquisa do Sebrae também apresentou o perfil dos empresários de Confeitarias e Docerias.
Assim como a confeiteira da A Doce Alemã, os empreendedores do setor trabalham em casa (90%) e têm até quatro anos de negócio (69%). De acordo com o estudo, 83% dos pequenos negócios de doces vendem sob encomenda, por meio de redes sociais, email e telefone.
O carro-chefe dos empresários do setor é o bolo artístico (43%), seguido dos doces (25%).
Apesar da demanda crescente de clientes que buscam produtos de baixa caloria ou adaptados para dietas de diabéticos e celíacos, 79% dos empreendedores ainda não atuam com produtos sem açúcar, glúten ou lactose.
“Identificamos um grande mercado a ser explorado pelos pequenos negócios. Quem conseguir desenvolver bolos, tortas e doces de qualidade para estes consumidores, certamente terá ganhos em competitividade”, diz Mayra Viana, analista de Indústria do Sebrae.
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