Nem o Dia das Mães salva vendas na 1ª quinzena de maio
Queda média no movimento do comércio paulistano ante igual período de 2019 foi de 65,5%, apesar da alta média de 5,8% na comparação mensal, segundo o Balanço de Vendas da ACSP
O comércio paulistano não conseguiu aproveitar totalmente o Dia das Mães. Com a continuidade das medidas restritivas de combate à pandemia de covid-19, o movimento de vendas caiu 65,5% ante igual período de 2019. Os dados são do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O levantamento registrou queda expressiva de 48,7% no movimento de vendas a prazo no período. Já as vendas à vista tiveram um recuo ainda maior, de 82,2%.
Por outro lado, comparado aos primeiros quinze dias de abril, as vendas atingiram alta média de 5,8%, puxadas pela compra de lembranças para as mães: foram 3,9% de alta nas vendas a prazo, e 7,7% nas à vista.
Apesar da alta, este, que costuma ser o melhor resultado mensal do semestre e o segundo melhor do para o comércio, ficou muito aquém do Dia das Mães anteriores, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.
"O resultado anual, porém, é muito relevante, pois reflete o impacto das medidas restritivas no varejo."
Mesmo com os esforços dos varejistas para continuar a vender na data, que geraram algum resultado, as perdas foram muito expressivas. E não devem se recuperar até o final do mês, segundo o economista.
"O fluxo de vendas do comércio é contínuo, tem de vender todo dia. E perdas são irrecuperáveis", conclui.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP, com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
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