Confiança do setor de serviços volta a recuar em abril
Ao contrário do que aconteceu nos últimos meses, a queda no mês foi influenciada por uma piora da percepção com o momento presente, aponta a FGV
"Ao contrário do que aconteceu nos últimos meses, a queda em abril foi influenciada por uma piora da percepção com o momento presente, enquanto o indicador de expectativas ficou relativamente estável. Nesse contexto, o resultado ainda não sugere uma reversão da tendência de recuperação do setor, mas o ritmo lento de atividade ainda deve persistir", analisa Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 2,1 pontos, atingindo 87,2 pontos, menor nível desde outubro de 2018 (86,6 pontos).
Os dois quesitos que compõem o ISA-S contribuíram negativamente no mês de abril. O indicador de volume de demanda atual diminuiu 2,6 pontos, para 86,6 pontos, e o indicador situação atual dos negócios caiu 1,5 ponto, para 87,9 pontos. Ambos retornam a níveis menores desde outubro de 2018.
No caso do IE-S, que mede a expectativa, houve relativa estabilidade, considerando a variação positiva de 0,2 ponto no mês, que passou para 97,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços recuou 1,3 ponto percentual, para 81,7%, devolvendo grande parte da a alta do mês anterior (1,5).
Pelo terceiro mês consecutivo, o indicador que mede o Emprego Previsto recuou 1,3 ponto, para 104,9 pontos, acumulando perda de 5,1 pontos. Diante da frustração quanto ao rumo da economia, os empresários vêm calibrando as suas expectativas e reduzindo a intenção de contração nos próximos meses.
Em abril, a parcela de empresas com intenção de aumentar o total de pessoal nos três meses seguintes ficou em 17,5%, o menor percentual desde novembro de 2018 (17,4%).
A edição de abril de 2019 coletou informações de 1907 empresas entre os dias 01 e 25 deste mês.
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