A cervejaria brasileira poderia se beneficiar do negócio explorando o grande portfólio de marcas da SABMiller nas regiões em que atua
| Agência de notícias do jornal O Estado de S.Paulo
Embora ainda faltem detalhes para uma avaliação mais precisa, o acordo entre as duas maiores cervejarias do mundo, a belga AB InBev e sul-africana SABMiller, anunciado na terça-feira (13/10), afastou um temor do mercado de que a subsidiária brasileira Ambev seria envolvida na operação, afetando negativamente os minoritários.
Mas, ainda que não participe da transação, a Ambev poderia se beneficiar do negócio. A companhia teria como explorar o grande portfólio de marcas da SABMiller nas regiões em que atua.
Algo parecido ocorreu com a compra do Grupo Modelo, sediado no México e dono da marca Corona. A Ambev tem vendido a marca em vários países e, com isso, conseguiu aumentar suas vendas no Canadá.
O acordo da AB InBev e a SABMiller cria uma gigante responsável por uma em cada três cervejas consumidas no mundo.
A AB InBev tem entre os seus principais acionistas os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. No mercado brasileiro, porém, a Ambev deve ser pouco beneficiada.
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?A companhia já tem um portfólio muito grande e trazer algo novo talvez significaria perda de foco?, de acordo com um executivo do setor que pediu para não ser identificado.
No Brasil, a participação de mercado da SABMiller é pouco expressiva. Aqui, a companhia firmou em 2014 um acordo de produção e distribuição com o Grupo Petrópolis, dono da Itaipava.
O acordo com a InBev deve pôr fim aos planos de produção e venda da marca Miller no mercado nacional, um impacto negativo para o Petrópolis.
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