10 dicas para diminuir perdas em supermercados
Setor contabilizou R$ 6,7 bilhões em perdas em 2018 - o que corresponde a 1,89% do seu faturamento bruto, segundo a Abras. Adequar ações preventivas a cada PDV pode ajudar a reverter esse quadro
As vendas dos supermercados brasileiros cresceram 2,85% de janeiro a julho deste ano - o que reforça as expectativas do setor de encerrar 2019 com alta de 3%, conforme projetado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Por outro lado, o varejo supermercadista contabilizou perdas de R$ 6,7 bilhões em 2018 - o que corresponde a 1,89% do faturamento bruto do setor, de acordo com a 19ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS.
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Dentre as principais causas de perdas citadas pelas 236 redes participantes, que somam 3.532 lojas no país, estão quebra operacional (40%), furto externo (20%,) erro de inventário (13%) e furto interno (7%).
O aumento das vendas e do fluxo de pessoas exige que os varejistas redobrem a atenção. “O maior movimento pode significar possíveis furtos e demais perdas que trazem impacto à rentabilidade da loja”, afirma Gilberto Quintanilha Júnior, gerente de prevenção de perdas da Sensormatic Solutions, fornecedora global de tecnologia para o varejo.
Por meio de boas práticas e de soluções tecnológicas, o ideal é adequar as ações preventivas em cada ponto de venda. “Também é importante levar em consideração a experiência de compra do consumidor, que poderá gerar um impacto positivo no faturamento e na margem, além da redução das perdas”, destaca.
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João Sanzovo Neto, presidente da ABRAS - que tem um comitê para cuidar desse assunto no setor -, lembra que as perdas e o desperdício estão entre os maiores desafios do varejo supermercadista. "Por isso é muito importante entender que a prevenção não é gasto, e sim, investimento”, alerta.
A seguir, confira as dez dicas da Sensormatic para ajudar os supermercadistas a evitarem furtos internos e externos e quebras operacionais, não só para alavancar as vendas, mas também para melhorar a rentabilidade das lojas:
1. O NEGÓCIO É MONITORAR
Com um fluxo maior de pessoas, os problemas com violação de produtos tendem a aumentar. “Invista em sistemas de CFTV (circuito fechado de TVs), em ações inibidoras por meio de anúncios no sistema de som da loja e promova ações promocionais de degustação sempre que possível”, sugere Quintanilha.
2. FIQUE ATENTO AOS PADRÕES
Nunca coloque produtos delicados, como chocolates, em locais que não sejam refrigerados e onde correm o maior risco de dano por manuseio. “O derretimento dos chocolates, por exemplo, acarreta em perda do potencial de venda dos produtos”, alerta.
3. RECOLHER É FUNDAMENTAL
Reforce a atuação do time no recolhimento de itens abandonados pela loja. Além de evitar lacunas nas gôndolas, isso poderá garantir a venda do item e evitar a quebra/perdas por dano.
4. CUIDADO NA ABORDAGEM
Fique atento a movimentações suspeitas - especialmente de clientes com pertences que possam ajudar a ocultar os produtos, como mochilas, sacolas e bolsas. Mas, caso necessite abordar alguém, seja cordial. “Isso mostra ao suspeito que ele está sendo monitorado, podendo converter uma tentativa de furto em uma possível venda”, orienta o gerente da Sensormatic.
5. CHECOU?
É possivel evitar o aumento de quebras e rupturas checando todos os produtos no ato do recebimento. “Caso existam itens com avarias, atente-se para as opções de devolução ao fornecedor, quando prevista em acordo comercial”, diz.
6. EVITE EXCESSOS
Preste atenção aos excessos desnecessários na compra e exposição de produtos. “O mau armazenamento também pode gerar perdas. Além de colocar em risco a qualidade dos produtos, quando não são vendidos eles acabam perdendo valor”, afirma Quintanilha.
7. PROTEÇÃO É TUDO
É aconselhável o uso de etiquetas de proteção em produtos de maior valor, como itens importados, diz o executivo.
8. NÃO DEIXE NADA PARA TRÁS
Devido à variedade e à quantidade de produtos, é preciso ter atenção redobrada ao realizar o inventário, para que, ao registrá-los, nenhum produto seja preterido, avisa.
9. PISANDO EM OVOS
Ao transportar os itens, mesmo que entre áreas da loja, é necessária muita atenção. “Produto danificado é produto não vendido. Evite impactos na margem”, alerta o gerente.
10. A IMPORTÂNCIA DO HISTÓRICO
Com base no histórico, avalie a quantidade de vendas e perdas do ano anterior para identificar os itens que serão foco de atuação da equipe em determinadas épocas, explica Quintanilha.
“Realizar uma análise sobre as vendas e o número de perdas é importante para tentar reduzir, ao máximo, o uso de promoções, e atuar na melhor exposição e ações comerciais possíveis”, finaliza.
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