Mortalidade aumentou mais de 300% entre 2014 e 2015. O número engloba companhias de todos os tamanhos e setores, inclusive microempreendedores individuais
| Agência de notícias do jornal O Estado de S.Paulo
Cerca de 1,8 milhão empresas fecharam as portas no país durante o ano passado. Esse número engloba companhias de todos os tamanhos e setores da economia, inclusive dados de microempreendedores individuais. O resultado é mais que o triplo do que foi registrado no ano anterior e mostra o tamanho da recessão no âmbito empresarial.
O total de empresas que encerraram atividades foi apurado pela Neoway, consultoria especializada em inteligência de mercado, a partir do cruzamento de dados reais de todas as juntas comerciais espalhadas pelo País e de informações obtidas no site da Receita Federal. As informações são monitoradas diariamente.
"O dado é preocupante: a mortalidade das empresas aumentou mais de 300% entre 2014 e 2015", afirma Jaime de Paula, presidente da consultoria e responsável pelas estatísticas. Ele observa que a marca de 1,8 milhão de empresas desativadas em 2015 é a maior dos últimos cinco anos.
O executivo pondera que essa marca pode estar subestimada, já que existe um custo para encerrar a atividade na junta comercial e há empresários que, acuados pela crise, não têm recursos disponíveis para isso.
TENDÊNCIA
De acordo com o levantamento, em 2014 foram fechadas 572,9 mil companhias. Entre janeiro e abril deste ano, o total de empresas desativadas somou 266,7 mil. A tendência para este ano, observa o presidente da consultoria, é que o número de fechamentos seja menor.
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O levantamento mostra que no final do ano passado existiam 18,3 milhões de empresas ativas no País e em abril deste ano esse total atingiu 18,9 milhões.
O avanço, na opinião de Jaime de Paula, ocorreu neste ano porque muitas pessoas demitidas estão abrindo o seu próprio negócio e isso melhora as estatísticas. No entanto, num ambiente recessivo como o atual, a sobrevivência dessas novas companhias está ameaçada.
FOTO: Thinkstock
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