Dólar recua 1,42%, a R$ 3,65, menor patamar desde maio
A Bolsa fechou a sexta-feira, 26/10, em alta de 1,95%, com 86.719 pontos
O último pregão antes do segundo turno foi marcado por otimismo dos investidores com a possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no domingo.
O dólar terminou esta sexta-feira, 26/10, em R$ 3,6527, queda de 1,42%, atingindo o menor valor desde 24 de maio (R$ 3,6402).
O real teve nesta sexta o melhor desempenho ante a moeda americana entre os 24 principais mercados emergentes.
Na semana, o dólar acumulou queda de 9,83%, a quarta semana consecutiva de desvalorização. Com isso, a divisa recua 10% no mês, uma das maiores quedas entre emergentes, atrás apenas da Argentina (-10,9%).
A dúvida agora é para onde a moeda norte-americana vai após as eleições, se haverá uma realização de lucros ou se há espaço para quedas adicionais. O economista sênior para América Latina da Continuum Economics, a consultoria do economista Nouriel Roubini, Pedro Tuesta, avalia que a vitória de Bolsonaro já foi precificada.
"Ganhos adicionais no câmbio são possíveis, mas o potencial é limitado", disse.
Após domingo, o que vai interessar os mercados são os detalhes da agenda de medidas do novo governo e os nomes da equipe econômica, ressalta o economista.
BOLSA
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou esta sexta-feira em alta de 1,95%, com 86.719 pontos.
O último pregão da semana fechou com valorização das ações das empresas de grande porte, chamadas de blue chips. Petrobras encerrou com alta de 4,76%, Vale teve crescimento de 1,54%, Itaú se valorizou 1,33% e Bradesco, alta de 1,19%.
O índice B3 segue positivo no acumulado de outubro, com valorização até hoje de 8%.
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