Braço do BTG aposta em recuperação de dívidas
O motor para o crescimento da Enforce é o volume de empréstimos corporativos vencidos e inadimplentes
O motor para o crescimento da Enforce é o volume de empréstimos corporativos vencidos e inadimplentes. O estoque, além de ser elevado uma vez que é recente o hábito entre bancos locais de se desfazerem dessas operações, foi alavancado com a recente crise que o País enfrenta e que fragilizou a saúde financeira das empresas.
Convencer os bancos a desovarem esses créditos, segundo o sócio do BTG Pactual, Alexandre Camara, é um dos desafios estratégicos da Enforce.
Nos últimos anos, o interesse dos bancos na venda de carteiras vencidas cresceu seja por essa pressão de crédito, mas também por conta do volume elevado de estoque que cada banco tem. "O mercado está vindo bem mais forte. Nosso trabalho de convencimento tem funcionado", admite o CEO da Enforce, Ricardo Cardoso.
Recentemente, a Enforce arrematou uma carteira de R$ 300 milhões em empréstimos corporativos do Itaú, abrangendo 40 casos de empresas em recuperação judicial. Outra operação que deve movimentar esse setor é o leilão de R$ 550 milhões em créditos do falido BVA que deve ocorrer este mês.