Durante o pregão desta segunda-feira, 18/03, o Índice Bovespa chegou a bater a marca dos 100 mil pontos, mas terminou o dia aos 99,9 mil, após alta de 0,86%
| Agência de notícias do jornal O Estado de S.Paulo
A inédita marca dos 100 mil pontos do Índice Bovespa foi atingida pela primeira vez nesta segunda-feira, 18/03, numa evidência de que o mercado brasileiro de ações segue antecipando a aprovação da reforma da Previdência no Congresso.
Mas o índice não se sustentou nesse patamar até o fechamento, terminando o pregão aos 99 mil pontos.
Pesaram positivamente declarações dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), que reforçaram entre os investidores a percepção de que os esforços necessários para implementar a reforma estão sendo feitos.
O índice oscilou em terreno positivo desde a abertura, com boa contribuição do mercado internacional, que se mostrou favorável à tomada de risco.
A chegada à esperada pontuação ocorreu às 14h50 e o índice manteve-se ao redor desse patamar até as 14h56, depois de ter atingido máxima aos 100.037,69 pontos (+0,91). Em seguida, perdeu parte do fôlego e fechou aos 99.993,92 pontos, em novo recorde histórico, com alta de 0,86%.
"O índice ainda não fechou acima dos 100 mil pontos, mas essa é uma questão de tempo. A chegada a esse patamar é resultado da maior visibilidade da reforma, que tem promovido uma diminuição das incertezas. Uma vez aprovada, a bolsa será o mercado que mais irá se beneficiar desse cenário transformacional", disse Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos.
A superação pontual da resistência psicológica ocorreu poucos minutos após declarações do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que, entre outros pontos, disse não ter dúvidas de que a reforma da Previdência será aprovada ainda no primeiro semestre.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo vai se apressar para levar a proposta dos militares ao Congresso na quarta-feira. Ele afirmou ainda que se a economia com o novo sistema de Previdência Social for menor do que de R$ 1 trilhão em dez anos, "o compromisso com as futuras gerações é relativo, o que é lamentável".
As manifestações dos dois ministros foram interpretadas positivamente, como sinais de empenho do governo, entrosamento de discursos e busca pelo convencimento dos parlamentares.
IMAGEM: Thinkstock
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