BNDES vai redefinir a classificação de micro e pequena empresa
Hoje, o banco considera pequena a empresa que fatura até R$ 16 milhões ao ano. A proposta é adotar o critério do Simples Nacional, o que pode melhorar o crédito para os negócios de menor porte
A partir de 30 de janeiro, o BNDES fará uma série de mudanças em suas políticas operacionais. Uma das alterações mais importantes diz respeito à adoção do critério de classificação dos pequenos negócios de acordo com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
Assim, a instituição passa a usar o faturamento de até R$ 360 mil por ano para classificar as microempresas e de até R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas.
A tendência é que esses novos parâmetros gerem um efeito positivo no volume de crédito ofertado pelo sistema bancário para esses segmentos de empresas.
No momento, a instituição considera pequenas empresas aquelas que faturam anualmente até R$ 16 milhões.
O banco está, desde dezembro, estruturando medidas com o objetivo de se tornar mais acessível às micro e pequenas empresas.
A simplificação do portfólio de produtos e programas como o Finame e o BNDES Automático é outra mudança que o banco está realizando para facilitar os financiamentos para as MPE.
Com menos itens, o objetivo é tornar as linhas do BNDES mais atraentes para instituições financeiras e empresários.
Completam as medidas anunciadas pelo banco a redução de 30 para dois dias no prazo de análise e concessão de crédito e a ampliação de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões no limite do Cartão BNDES, usado para financiar máquinas e equipamentos.
As instituições financeiras têm prazo de 90 dias para se adaptarem.
“O Sebrae espera que essas iniciativas gerem um efeito positivo nas instituições que operam com recursos oriundos do BNDES, tornando-os mais acessíveis aos pequenos negócios”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
IMAGEM: Thinkstock