Economistas da Associação Comercial de São Paulo entendem que uma retomada mais forte dependerá da recomposição da renda das famílias
| Da equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
Em dezembro, os serviços diminuíram sua contração, acompanhando a flexibilização das medidas de isolamento social, não evitando, contudo, que 2020 terminasse com queda recorde para o setor.
A perspectiva para o ano em curso é de recuperação, porém, esta deverá ser paulatina, em função da lenta evolução da vacinação e do possível retorno do auxílio emergencial, que ocorreria somente a partir de março.
Uma retomada mais robusta, de todo modo, dependerá da recomposição da renda das famílias, que, por sua vez, será determinada pelas trajetórias da inflação e do desemprego ao longo de 2021.
Em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados apresentou recuo de 0,2%, ante novembro, livre de efeitos sazonais, validando as expectativas de mercado.
Embora em 2020 o setor tenha sofrido queda de 7,8%, a maior desde 2012, frente ao mesmo mês de 2019, a contração foi de 3,3%, continuando a mostrar perda de intensidade em relação às leituras anteriores.
Durante o ano passado, quatro das cinco atividades consideradas na pesquisa do IBGE recuaram.
Os principais impactos negativos vieram dos serviços prestados às famílias (hotéis e restaurantes), transportes (principalmente aéreo), serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços prestados a empresas), enquanto serviços de comunicação (TV por assinatura, cinemas e eventos) mostraram leve retração.
O único segmento que expandiu foi o chamado “outros serviços”, impulsionado fundamentalmente pela negociação de títulos e valores.
O agregado do turismo apresentou forte contração devido à diminuição dos serviços de hotéis, transporte aéreo, locação de veículos e restaurantes.
IMAGEM: Pixabay
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