Queda da produção industrial continua perdendo intensidade
Expectativa é de que as reduções mais intensas da taxa básica de juros por parte do Banco Central estimulem o mercado interno, e a atividade industrial a partir do segundo semestre
A perspectiva é de continuidade da recuperação da indústria ao longo dos próximos meses, estimulada pelo mercado externo, desde que o câmbio permaneça no atual patamar, segundo análise dos economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
De acordo com eles, a expectativa é de que as reduções mais intensas da taxa básica de juros por parte do Banco Central estimulem o mercado interno, e, portanto, a atividade industrial a partir do segundo semestre.
Em março, a atividade industrial registrou leve alta de 1,10%, sobre igual mês de 2016, contando, porém, com um dia útil a mais, de acordo com a Pesquisa Mensal da Indústria (PMI), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No resultado acumulado em 12 meses continuou havendo recuo mais moderado do que o registrado em fevereiro, na mesma base de comparação (-3,8% e -4,8%, respectivamente).
Na comparação com março do ano passado, registraram-se aumentos na produção de bens de capital e bens duráveis (4,5% e 8,5%, respectivamente), enquanto os bens semiduráveis e não duráveis mostraram leve queda de 0,5%.
As maiores influências positivas vieram de ramos ligados à exportação, tais como veículos (10,90%) e extração mineral (7%). No campo negativo, se destacaram impressão e gravação (-14,4%) e produtos farmoquímicos (-28,7%).
"Em síntese, a alta de certos segmentos industriais tem a ver com o desempenho das exportações. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que, em março, os embarques de manufaturados e semimanufarurados cresceram 12,3 % e 7,4%, respectivamente, sobre o mesmo mês de 2016."
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