Projeção para inflação e Selic se mantém estável
Previsão do Boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 6,88% este ano. Para 2017, a estimativa caiu de 5% para 4,94%
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) mantiveram a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 6,88% este ano. Para 2017, a estimativa caiu de 5% para 4,94%.
As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano e 6% em 2017.
É o que informa o Boletim Focus divulgado sempre às segundas-feiras pelo Banco Central, em Brasília.
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), este ano, passou de 3,30% para 3,31%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi ajustada de 1,21% para 1,20%.
O mercado financeiro manteve as expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, em 13,50% ao ano, ao final de 2016, e em 10,75% ao ano no fim de 2017. Atualmente, a Selic está em 14% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
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Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
IMPACTO
No dia 28 de outubro, sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as faturas de energia terão a cobrança da chamada "bandeira amarela" em novembro.
Os impactos sobre as projeções do IPCA foram captados pelo relatório divulgado nesta segunda-feira (07/11).
Além disso, na última sexta-feira, dia 4 de novembro, o governo do Rio propôs o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide em produtos como gasolina, energia elétrica, serviços de comunicação, gasolina, fumo, cervejas e refrigerantes.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a decisão do colegiado de reduzir a Selic (a taxa básica de juros) de 14,25% para 14,00% ao ano, o BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal.
A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário.
A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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