Para a ACSP, a partir dos dados de março será possível fazer uma projeção sobre o real impacto da pandemia de coronavírus nas vendas
| Da equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
Para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os números da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que foram divulgados nesta terça-feira (24/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda não mostraram os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o economista da ACSP, Emilio Alfieri, os efeitos devem ser sentidos apenas quando forem divulgados os números de março.
“Os dados preliminares mostram uma queda em torno de 16% no primeiro fim de semana de movimentação reduzida na cidade. Isso com relação tanto ao fim de semana anterior quanto ao mesmo período do ano passado”, completa.
Segundo o IBGE, em relação a janeiro de 2019, o comércio varejista cresceu 1,3%, décima taxa positiva consecutiva. Já o acumulado nos últimos doze meses foi 1,8%.
O comércio varejista ampliado - que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção - avançou 3,5%, décima taxa positiva consecutiva.
“O que fez os números não serem um pouco abaixo das expectativas do mercado foi a queda nas vendas dos supermercados, que representam 50% da amostra, ainda impactados pela inflação nos alimentos que estava muito forte naquele mês, em especial a carne”, analisa o economista.
Para Alfieri, no entanto, é difícil fazer uma projeção para o impacto econômico a partir de março.
“Os supermercados não devem ser afetados negativamente pela crise, pelo contrário. Então é possível que haja uma compensação, quando analisados os números totais, com aumento da demanda nestes estabelecimentos diante da queda no comércio de rua”, diz ele.
“Mas também é preciso levar em conta como ficará o consumo das famílias neste período, que será determinante para indicar como será a recuperação após o evento do coronavírus”, afirma.
IMAGEM: Karina Lignelli
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