Resultado reflete mercado de trabalho fragilizado e fraco crescimento da renda, fatores duramente impactados pelos efeitos das medidas restritivas, segundo a Boa Vista
O indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, cedeu 26,6% em abril na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista.
Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador apresenta retração de 1,3%. No acumulado do ano o recuo foi de 6,4% ante igual período do ano passado. Já em relação aigual mês de 2019, o varejo apontou queda de 26,3%.
Após iniciar 2020 em alta, em abril o indicador registrou a terceira queda mensal consecutiva e passou para o campo negativo na análise em 12 meses. Reflexo de um mercado de trabalho bastante fragilizado e com fraco crescimento da renda, fatores que estão sendo duramente impactados pelos efeitos das restrições pela pandemia da COVID-19.
Dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus e pelas medidas de isolamento social, os economistas da Boa Vista esperam uma piora no emprego e no nível de consumo em 2020. Cenário que aponta para queda da atividade econômica e do movimento do comércio nos próximos meses.
SETORES
Na análise mensal, o segmento de “Móveis e eletrodomésticos” apresentou queda de 83,3% em abril após já ter registrado baixa de 13,5% no mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento passou de vez para o campo negativo e recuou 7,9% no acumulado 12 meses.
A atividade de “Supermercados, alimentos e bebidas” foi a única que evitou perdas, registrando variação de 0,1% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 1,6% em relação ao ano anterior.
Já a categoria de “Tecidos, vestuários e calçados” recuou 2,9% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses houve alta de 7%.
Por fim, o segmento de “Combustíveis e lubrificantes” apresentou retração de 18,2% em abril considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de queda de 2,5%.
FOTO: Arquivo DC
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