Índice recuou 0,38% em maio, ante queda de 0,31% em abril, de acordo com IBGE. Números refletem o ritmo mais fraco de crescimento da economia em meio à pandemia
| Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,38% em maio, ante um recuo de 0,31% em abril, informou nesta quarta-feira (10/6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da menor variação mensal desde agosto de 1998 (-0,51%). No ano, o IPCA acumula queda de 0,16% e, nos últimos doze meses, alta de 1,88%, abaixo dos 2,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa havia ficado em 0,13%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram deflação em maio. O maior impacto negativo do mês, -0,38%, veio dos Transportes, cuja queda de 1,90% foi menos intensa que a de abril (-2,66%).
Outros destaques foram Vestuário e Habitação, que recuaram 0,58% e 0,25% respectivamente. No lado das altas, Artigos de residência subiu 0,58% ante o recuo do mês anterior (-1,37%). Alimentação e bebidas (0,24%) desacelerou em relação a abril (1,79%). Os demais ficaram entre a queda de 0,10% em Saúde e cuidados pessoais e a alta de 0,24% em Comunicação.
Assim como em abril, o resultado do grupo Transportes (-1,90%) foi influenciado pela variação nos preços dos combustíveis (-4,56%). O maior impacto sobre o índice do mês foi negativo (-0,20 p.p.) e veio, novamente, da gasolina (-4,35%), cuja queda foi menos intensa que a registrada em abril (-9,31%). O etanol seguiu o mesmo movimento, com variação de -5,96% em maio frente aos -13,51% de abril.
Em Habitação (-0,25%), a maior contribuição negativa (-0,02%) veio da energia elétrica (-0,58%).
Já o grupo Alimentação e bebidas (0,24%) desacelerou em relação a abril (1,79%). Os preços de itens como a cenoura (-14,95%) e as frutas (-2,10%) recuaram em maio, contribuindo para que a alimentação no domicílio passasse de 2,24% para 0,33%. No lado das altas, os destaques foram a cebola (30,08%), a batata-inglesa (16,39%) e o feijão carioca (8,66%). As carnes subiram 0,05%, após quatro meses consecutivos de queda.
A alimentação fora do domicílio também desacelerou de abril (0,76%) para maio (0,04%). O lanche passou de alta de 3,07% para 0,83% e a refeição registrou queda mais intensa, passando de -0,13% em abril para -0,34% no IPCA de maio.
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