IPCA de outubro é o menor para o mês desde 1998
Uma das responsáveis pela queda do indicador - a energia elétrica, segundo o IBGE - podem puxar a alta para o próximo mês com a volta da contas com bandeira vermelha
Em outubro, a alta de 0,10% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação oficial foi o menor resultado para o mês desde 1998, quando a taxa subiu 0,02%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Como resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 2,89% em setembro para 2,54% em outubro, menor patamar desde setembro de 2017, quando também estava em 2,54%, abaixo do piso de tolerância (2,75%) da meta de 4,25% perseguida pelo Banco Central este ano. No mês de outubro de 2018, o IPCA foi de 0,45%.
Três grupos pesquisados apresentaram deflação: habitação (-0,61%), artigos de residência (-0,09%) e comunicação (-0,01%).
A queda no grupo de habitação foi puxada pelo item energia elétrica, com 3,22% negativos.
As altas ficaram por conta de vestuário (0,63%), transportes (0,45%) e saúde e cuidados pessoais (0,40%). A maior alta em vestuário foi atribuída a roupas femininas: 0,98%.
Embora a energia elétrica tenha sido uma das responsáveis por puxar o índice para baixo em outubro, o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, prevê uma alta para este mês.
Ele explica que, em outubro, as contas pagas pelos consumidores estavam com bandeira amarela, que adicionava R$ 1,50 a cada 100km/h consumidos.
Para novembro, a variação do item será regida pela bandeira vermelha, que aumentou de R$ 4 para R$ 4,16 a cada 100kw/h consumidos.
“Provavelmente deve ter uma alta de energia elétrica em novembro”, disse o economista do IBGE.
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