Investimento direto no país atingiu US$ 5,23 bi em setembro
Entrada de investimento estrangeiro para o setor produtivo atingiu US$ 73,19 bilhões de janeiro a setembro, de acordo com o BC
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,233 bilhões em setembro, de acordo com o Banco Central (BC).
O resultado ficou abaixo das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast com 20 instituições, que indicavam de US$ 5,8 bilhões a US$ 7 bilhões, com mediana de US$ 6,5 bilhões.
Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de setembro indicaria entrada de US$ 6,5 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 22 de setembro, quando o país havia registrado entrada de US$ 4,6 bilhões em recursos externos pela conta do IDP.
No acumulado de 2016 até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 46,335 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano é de US$ 70 bilhões de IDP.
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No acumulado dos últimos 12 meses até setembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 73,197 bilhões, o que representa 4,12% do Produto Interno Bruto (PIB).
INVESTIMENTO EM AÇÕES
De acordo com o BC, o investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 113 milhões em setembro.
Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 276 milhões. No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 7,535 bilhões. De acordo com o BC, os investidores estrangeiros deixarão saldo positivo de US$ 9 bilhões em ações este ano no país.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no país ficou negativo em US$ 3,368 bilhões em setembro e negativo em US$ 18,920 bilhões no acumulado do ano até o mês passado.
Para 2016, a estimativa do BC é de saldo negativo de US$ 18 bilhões na renda fixa.
Em setembro do ano passado, essas aplicações em renda fixa estavam negativas em US$ 3,605 bilhões e, no acumulado de janeiro a setembro de 2015, positivas em US$ 15,114 bilhões. O saldo foi de US$ 16,296 bilhões no ano passado.
TAXA DE ROLAGEM
O Banco Central informou que taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 77% em setembro.
Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade similar para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou bem abaixo do verificado em setembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 205%.
De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem do agregado de títulos de longo prazo, antes chamados de "bônus, notes e commercial papers", ficou em 10% em setembro.
Em igual mês de 2015 havia sido de 257%. Já o total dos empréstimos diretos atingiram 149% no mês passado ante 175% de setembro do ano anterior.
No acumulado de 2016 até setembro, a taxa de rolagem total ficou em 60%. No agregado, os títulos de longo prazo tiveram taxa de 31% e os empréstimos diretos, de 69% no período.
O BC costuma trabalhar com uma previsão de taxa de rolagem de 100% em todos os anos, mas para 2016 sua estimativa é de 60%.
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