Pesquisa da CNC indica que o baixo dinamismo do mercado de trabalho, com um contingente de 13 milhões de desempregados, está influenciando a perspectiva profissional das famílias
| Agência de notícias do jornal O Estado de S.Paulo
O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 1,7% em maio ante abril, para 94,6 pontos.
Foi o terceiro mês seguido de queda, período em que o ICF acumulou perda de 4,0%. Na comparação anual com o mesmo período de 2018, houve alta de 8,6%.
Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o cenário favorável da virada do ano não se confirmou.
"A intenção de consumo das famílias depende muito do comportamento do mercado de trabalho, dos juros e da inflação. O cenário favorável do início do ano não está se sustentando, o que reflete na cautela do consumidor quanto aos gastos na aquisição de bens e serviços."
De acordo com a CNC, com exceção do subíndice Nível de Consumo Atual (0,4%), todos os demais se mostram negativos na passagem de abril para maio.
Perspectiva Profissional (-3,0%) e Momento para Duráveis (-2,7%) foram as maiores contribuições para a queda do ICF em maio.
"A pesquisa indica que o baixo dinamismo do mercado de trabalho, com um contingente de 13 milhões de desempregados, está influenciando a perspectiva profissional das famílias. Aliado a isso, o impacto nos preços médios causados pelas altas dos combustíveis e dos alimentos pode estar levando as famílias a comprar menos", diz a nota da CNC.
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