Redução nos preços de alimentos e bebidas e da deflação dos transportes ajudaram a puxar o resultado, segundo os economistas do Instituto Gastão Vidigal da ACSP
| Da equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
Em termos anuais, a inflação oficial (IPCA) continua abaixo da meta perseguida pelo Banco Central, devendo encerrar o ano abaixo de 4,0%. O fraco crescimento da demanda interna, as baixas expectativas de inflação e a menor pressão dos preços das matérias-primas em geral devem influenciar o resultado.
A análise, dos economistas do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), baseia-se no indicador divulgado nesta sexta-feira (6/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou, em agosto, alta de 0,11%, desacelerando em relação a julho.
LEIA MAIS:Mercado reduz estimativas de inflação e de alta do PIB
O IPCA anual (acumulado em 12 meses), contudo, acelerou levemente para 3,43% (ver tabela abaixo), devido à queda de preços (deflação) registrada no mesmo mês do ano anterior. Porém, ele ficou ainda bem abaixo da meta de inflação anual (4,25%).
Esses resultados se devem à redução dos preços do grupo alimentação e bebidas, devido à maior safra agrícola, e pela deflação dos transportes, refletindo a diminuição dos preços das passagens aéreas, gasolina e óleo diesel. Essas quedas mais do que compensaram o aumento das tarifas elétricas, por conta da aplicação da bandeira tarifária vermelha.
Por sua vez, Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), intensificou sua deflação em agosto (-0,51%).
Essa nova queda, conjuntamente com o menor aumento dos preços das matérias primas agrícolas (IPA AGRO), também devido à maior safra, e industriais (IPA IND), decorrente do recuo dos preços do minério de ferro e do gás (GLP), contribuíram para desacelerar o resultado anual (acumulado em 12 meses), que alcançou 4,32%.
Nesse cenário, segundo os economistas da ACSP, seguem favoráveis as condições para que o Banco Central siga reduzindo a taxa de juros básica (SELIC) durante as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM).
FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Publicidade
Publicidade
Receba as últimas notícias do Diário do Comércio diretamente no seu e-mail
Publicidade