Indústria tem perspectiva de retomada
Segundo a equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a flexibilização da quarentena vai ajudar o setor, mas o avanço será lento
A indústria em maio, apesar do crescimento em relação a abril, seguiu refletindo intensa queda na produção provocada pelas medidas de distanciamento social, deflagradas para enfrentar a pandemia da covid-19.
Contudo, dados preliminares sugerem que abril teria sido o “fundo do poço”, havendo perspectiva de retomada no segundo semestre, impulsionada pela flexibilização da quarentena e pela retomada da confiança dos empresários, ainda que esta deva ser lenta, devido às menores demandas interna e externa.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio, a atividade industrial recuou 21,9%, no comparativo anual, abaixo do esperado.
Na comparação com abril, livre de efeitos sazonais, o setor apresentou crescimento de 7%, em relação a abril, explicado fundamentalmente pela menor base de comparação e pela existência de dois dias úteis a menos.
No acumulado de 12 meses, houve intensificação da contração, que alcançou a 5,4%.
Em todo caso, a retração do setor foi relativamente menor em maio, pois no mês houve abertura incipiente das fábricas.
No contraste anual, todas as quatro categorias apresentaram queda, novamente com destaque negativo para veículos. Também recuaram confecções, artigos de viagem, couro, calçados, móveis e eletrodomésticos.
Na contramão, houve expansão da produção de alimentos, petróleo e biocombustíveis.
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