Indústria surpreende e cresce acima do esperado em julho
Apesar da alta de 4%, houve perda de fôlego na retomada, devido ao elevado desemprego e a baixa confiança dos empresários diante das eleições, conforme apontam os economistas da ACSP
O crescimento de 4% da indústria em julho, segundo o IBGE, apesar do resultado positivo, indica perda de tração na recuperação da atividade, justificada pelo elevado desemprego, a baixa confiança dos empresários em decorrência das eleições e agravada pela crise argentina, que afeta negativamente a produção de veículos. A análise é dos economistas do Instituto Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Segundo o IBGE, o crescimento da indústria em julho ante igual mês do ano passado superou expectativas de mercado (2,0%). Porém, no acumulado de 12 meses, a expansão da produção (3,2%) continua abaixo do resultado registrado antes da greve dos caminhoneiros.
Na comparação com julho de 2017, as quatro categorias de uso incluídas
na pesquisa do IBGE registraram expansão, destacando-se os segmentos de bens
duráveis, principalmente caminhões para formar frotas próprias, e bens de capital.
Ainda de acordo com os economistas da ACSP, a expectativa é que a definição do cenário eleitoral, ao reduzir as incertezas internas, reforce a retomada não somente da indústria, mas da atividade econômica em geral.
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