Indústria exibe sinais de recuperação em setembro
As perspectivas futuras para a indústria dependem da trajetória da taxa de câmbio e da evolução da confiança dos empresários do setor
Em setembro, a produção industrial continuou emitindo sinais de início de uma recuperação, pois, além de apresentar crescimento mensal, exibiu atenuação das quedas interanuais e acumuladas, segundo análise dos economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Apesar disso, avaliam os economistas, as perspectivas futuras para a indústria não estão totalmente delineadas, pois dependem da trajetória da taxa de câmbio, que aparentemente é decrescente, e da evolução da confiança dos empresários do setor, que mostrou queda em outubro.
Em setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria registrou aumento de 0,5% frente a agosto, ao excluir-se os fatores sazonais, voltando a crescer depois de dois meses consecutivos de queda.
Na comparação com o mesmo mês de 2015 e no acumulado do ano, os resultados continuaram sendo menos negativos que os observados em agosto, correspondendo a contrações de 4,8%, 7,8%, respectivamente, o mesmo acontecendo com a variação em 12 meses, cuja queda alcançou a 8,8%, reforçando a impressão de que a crise industrial tenha pedido intensidade.
Frente a setembro do ano passado, três categorias continuaram em queda: bens intermediários (-4,1%), bens duráveis (-6,5%) e bens semi e não duráveis (-5,5%).
Por sua vez, a produção de bens de capital voltou a cair (-7,2%), após registrar alta de 5% em agosto, fruto da renovação do maquinário agrícola, destinado ao setor sucroalcooleiro, impactado pela elevação de preços no mercado internacional.
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