Incertezas na política derrubam confiança do consumidor
Na avaliação dos economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), dissipadas essas dúvidas, o crescimento do varejo deve acelerar
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto, o volume de vendas do varejo restrito (que não considera veículos e material de construção) cresceu 4,1% sobre igual mês de 2017, superando as expectativas do mercado.
Para o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, a alta alcançou 6,9%, na mesma base de comparação.
De acordo com a equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a recuperação do varejo, assim como da atividade econômica em geral, continua lenta. Segundo eles, pesam negativamente os juros ainda elevados e as incertezas político-eleitorais, que contribuem para manter a confiança do consumidor no campo pessimista.
Na medida em que se dissipem essas incertezas e o mercado de trabalho continue melhorando, pode-se esperar que as vendas do comércio aumentem de forma mais intensa, dizem os economistas da ACSP.
Apesar das flutuações ocorridas nas últimas leituras, a tendência, refletida nas variações acumuladas em 12 meses, praticamente não se alterou para ambos os tipos de varejo (3,3% e 6,5%, respectivamente).
Os resultados de agosto se explicam em boa medida pela melhora relativa dos salários e da ocupação, além da liberação dos recursos do PIS-PASEP, beneficiando as vendas de hiper e
Supermercados e de outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Estas últimas também foram estimuladas pelas temperaturas mais baixas, que aumentaram a permanência das famílias em seus lares.
No caso do varejo ampliado, o crescimento mais intenso continua sendo puxado pelas vendas de veículos, impulsionadas pelas melhores condições de crédito para esse segmento.
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