Comércio é destaque no crescimento do PIB
De janeiro a março, o Produto Interno Bruto do país avançou 0,4% ante o quarto trimestre do ano passado; ACSP manifesta preocupação com o impacto da greve no desempenho do segundo trimestre
O comércio atacadista e varejista, os transportes e as atividades imobiliárias foram o destaque da alta de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) de Serviços no primeiro trimestre ante igual período de 2017.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30/05).
A atividade de comércio atacadista e varejista avançou 4,5% no primeiro trimestre ante igual período de 2017, segundo o IBGE.
Já os serviços de transportes, armazenagem e correio avançaram 2,8% na mesma comparação, variação exatamente igual à registrada pelas atividades imobiliárias.
Mais cedo, o IBGE informou que o PIB geral de janeiro a março avançou 1,2% ante o primeiro trimestre de 2017. Na comparação entre os primeiros três meses de 2018 e o quarto trimestre do ano passado, a expansão geral do PIB foi de 0,4%.
O avanço do PIB de Serviços, por sua vez, foi de 0,1% no primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2017, informou na manhã desta quarta-feira, 30 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma estabilidade (0,00%) até uma expansão de 0,53%, e superou a mediana de 0,30%.
Ainda segundo o IBGE, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,641 trilhão.
REPERCUSSÃO
“Apesar do crescimento, fica claro que a recuperação perdeu força no primeiro trimestre", afirma Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). "Mas o preocupante mesmo é que o segundo trimestre vai ser impactado pela paralisação dos caminhoneiros, o que pode manter a atividade econômica em níveis baixos e comprometer a evolução da taxa do PIB em 2018”, diz.
Burti chama a atenção para o aumento de 4% da indústria de transformação na variação interanual, puxado pela produção de móveis, eletrodomésticos, veículos e bens de capital.
“O setor de serviços, por sua vez, cresceu 1,5%, sendo que o comércio (atacado e varejo) subiu 4,5% ? valor este que coincide com a alta no movimento do comércio paulistano divulgada pelo Balanço de Vendas da ACSP no mesmo período”, destaca o presidente da ACSP e da Facesp.
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