Pátio do Colégio tem a fachada recuperada após pichação
Base comunitária agora faz a segurança do local. Essa era uma reivindicação antiga da Associação Comercial de São Paulo
A revitalização da fachada do Pátio do Colégio foi concluída. O local, que é tombado pelo patrimônio histórico, foi pichado na madrugada do dia 10 de abril com a frase “Olhai por Nois”, com tinta vermelha e letras gigantes.
As câmeras de segurança do edifício flagraram o momento em que três pessoas praticavam o ato de vandalismo. Identificados, os pichadores – dois homens e uma mulher -, foram multados em R$ 10 mil cada um, e em seguida liberados.
Os pichadores confessaram que participaram de um ato de vandalismo similar no Monumento às Bandeiras.
A limpeza da fachada foi feita por um grupo de voluntários, que fizeram doações em dinheiro e em material para a revitalização. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) participou do mutirão de recuperação do prédio.
A revitalização demorou mais do que o esperado porque as janelas de madeira e os azulejos da fachada também foram manchados pelos vândalos. Antes da pintura, foi necessário lixar as esquadrias e as paredes. As esquadrias das janelas foram pintadas de azuis, e as janelas e paredes, de branco.
Após o ato de vandalismo, o Pátio do Colégio passou a contar com a presença de uma Base Comunitária da Polícia Militar, que era uma reivindicação antiga da Associação Comercial de São Paulo para dar segurança ao local.
O complexo histórico-religioso pertence à Companhia de Jesus, que é uma ordem religiosa dos jesuítas, fundada em 1540 por Inácio de Loyola.
O Pátio do Colégio abrigou os primeiros jesuítas que desembarcaram no Brasil em 1549, com a missão de evangelizar os indígenas.
Hoje, o local é aberto à visitação. No complexo, encontra-se, entre outras atrações, o Museu Anchieta, com um acervo composto de peças de arte sacra que remetem à vida social paulistana intrinsecamente ligada a religiosidade dos primórdios da cidade de São Paulo.
As peças do acervo do Museu Anchieta compreendem um período que se estende desde o século XVI ao XX. Há objetos dos primeiros fundadores, peças do cotidiano, arte sacra, pinacoteca, dentre outras.
No local também está a Biblioteca Pe. António Vieira, especializada na história da Companhia de Jesus e da cidade de São Paulo, possuindo também materiais relativos à história geral e do Brasil, arte, biografias, filosofia, igreja Católica, literatura e viagens.
IMAGENS: William Chaussê