Sociedade do Sol: empreendedores querem transformar ONG em empresa
Startup incubada na Yunus Negócios Sócias busca um modelo lucrativo vendendo aquecedores solares para governos
A ONG (organização não governamental) Sociedade do Sol (SoSOL) é mais um dos projetos selecionados pelo 2º Ciclo de Incubação da Yunnus Negócios Sociais. Com o lema “Um aquecedor solar para cada casa”, a ONG, que atualmente fica no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da USP, desenvolveu um aquecedor solar de baixo custo, com potencial para diminuir em até 50% o consumo de energia de uma casa.
O vídeo mostra como construir o aquecedor solar da Sociedade do Sol
Desde a criação da organização, os empreendedores desenvolvem projetos casados com prefeituras e empresas, implementando seus aquecedores em casas de comunidades carentes e, mais do que isso, capacitando seus moradores a construírem seus próprios aquecedores. O projeto, que já foi premiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) em 2007, pode ser feito manualmente com materiais simples.
Hoje, o desafio enfrentado pela Sociedade do Sol é outro: transformar a organização em um negócio bem estruturado e capaz de andar com as próprias pernas. Para isso, os empreendedores devem elaborar um plano de negócios sólido e criar um produto que possa ser produzido em escala - que seja capaz de trazer resultado para a empresa. Esse é o principal pré-requisito para que a startup encha os olhos dos investidores.
É isso que Gustavo Querubina, presidente da Sociedade do Sol, espera da Yunnus Negócios Sociais. “Essas primeiras semanas foram importantes, pois conseguimos indentificar no nosso trabalho quais elementos estavam faltando para amarrarmos as pontas desse plano de negócios”, afirma.
O aprendizado e a imersão na proposta de negócio da SoSOL trouxe mais perguntas complexas que respostas práticas. Para que o plano de negócios saia do papel, é vital que essas dúvidas sejam sanadas.
O que a SoSOL já sabe: o aquecedor solar de baixo custo deve ser vendido para o setor público, especificamente para o mercado da construção civil. O consumidor final é a população de baixa renda, afetada pelos altos custos ou a falta de energia elétrica.
Qual a proposta da SoSOL: além de tornar os aquecedores uma solução atrativa para o setor público, a startup quer capacitar a população para que os próprios moradores construam os aquecedores solar em suas casas.
Desafios: tornar o aquecedor atrativo para esses dois públicos e estruturar o negócio de modo que essa atividade seja legalmente viável e lucrativa para a empresa.
Os desafios e as perguntas se tornam cada vez mais complexos, e os empreendedores ainda não têm respostas. Mesmo assim, estão confiantes de que encontrarão os caminhos e parceiros necessários para levar sua solução para todo o Brasil - e quem sabe o mundo.
Os próximos passos e a evolução da Sociedade do Sol você acompanha no Marco Zero.