Festas de final de ano e definição política motivam comércio de Campinas
Para a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o feriadão da Independência contribuiu para a queda das vendas em setembro. Outro fator negativo foi a indefinição política do país
O último trimestre do ano é a esperança de melhoria no comércio e no setor industrial de Campinas e região. Período tradicional de boas vendas – por causa do Dia das Crianças e das festas de final de ano -, serve de alento para empresários e industriais, que lamentaram a queda nas vendas no mês de setembro.
O feriado prolongado de 7 de setembro e as indefinições políticas no cenário nacional foram os principais fatores do desânimo dos consumidores.
O desalento foi constatado nos números do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) de setembro. As vendas no comércio varejista em Campinas e região tiveram uma perda de 3,37%, em comparação com agosto, e uma redução de 2,35% em relação a igual período de 2017.
Na avaliação da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), o fato de setembro ter tido menos dias úteis, por causa do feriado da Independência, dia 7 de setembro, foi preponderante para o menor volume de vendas no comércio varejista local.
Empresários e industriais da região acreditam que, após a definição do quadro político, com a eleição do futuro presidente do país – o que vai ocorrer no dia 28 de outubro -, a situação vai ficar mais tranquila e o consumidor vai se sentir mais confiante para ir às compras.
As vendas em Campinas em setembro movimentaram R$ 1,2 milhão. Na região, as vendas do comércio varejista totalizaram R$ 2,8 milhões.
Oito por cento destas vendas foram feitas pela internet (e-commerce). Estas vendas em Campinas geraram 26.570 consultas ao SCPC. Na região, foram realizadas 55.352 consultas, num total de R$ 200,4 milhões.
A boa notícia é que o nível de inadimplência em Campinas teve uma redução de 27,51% na comparação com agosto e, no acumulado do ano, de janeiro a setembro, a evolução foi de 4,51%, com 204.678 carnês/boletos vencidos e não pagos há mais de 30 dias. O que representa um total de R$ 147, 4 milhões de dívida dos consumidores.
Na região, a inadimplência também subiu. O índice chegou a 4,51%, com 487.330 carnês/boletos vencidos e não quitados há mais de 30 dias. Isto significa que os consumidores da região estão devendo R$ 350,9 milhões.
Foto: Paulo Humberto/Creative Commons