Facesp e ACSP não querem Dia das Mães em agosto
O governador João Doria quer transferir a data, tradicionalmente comemorada em maio. As entidades estimam queda de 90% nas vendas caso mudança ocorra
A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) defendem manter a data original do Dia das Mães, que é comemorado tradicionalmente no segundo domingo do mês de maio.
As entidades são contrárias à alteração do Dia das Mães para agosto, conforme proposto pelo governador João Doria nesta quinta-feira, 23/4, pois elas pedem aos governantes que o comércio seja parcialmente reaberto a partir do dia 1º de maio, Dia do Trabalho. A reabertura seguiria as recomendações do Ministério da Saúde, para evitar o avanço do contágio do novo coronavírus.
“O Dia das Mães foi uma das razões pelas quais sugerimos ao nosso governador iniciar a flexibilização para o Dia 1º de maio. A decisão dele em reabrir o comércio somente em 11 de maio vai levar os comerciantes a terem dificuldades em aproveitar essa data”, diz Alfredo Cotait Neto, presidente da Facesp e da ACSP, ao lembrar que o Dia das Mães é o segundo principal evento de movimentação do comércio no país.
De acordo com estimativa das entidades, a queda no movimento das vendas do Dia das Mães pode ultrapassar 90% caso o comércio se mantenha fechado. “Para a sobrevivência do comércio, continuamos a defender a abertura parcial no próximo dia 1º”, afirma Cotait.
Para ele, caso se constate que a flexibilização ocorra somente em 11 de maio, a ACSP e a Facesp avaliariam uma possível mudança na data, após a questão ser debatida e definida por entidades do comércio de todo o país.
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