O governador diz que não deve abrir exceções para o comércio na quarentena, nem para o Dia das Mães
O governador João Doria destacou, em pronunciamento feito no Palácio dos Bandeirantes, a importância do diálogo aberto com Alfredo Cotait Neto, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), para adoção de medidas envolvendo o varejo nesse período de quarentena.
Mas até agora não acatou a sugestão das entidades de antecipar a reabertura do comércio para que possam aproveitar o Dia das Mães, uma das principais datas para as vendas do setor.
ACSP e Facesp sugeriram a reabertura parcial do comércio em 1º de maio. As lojas levantariam as portas mas seguiriam as recomendações sanitárias para evitar a disseminação do vírus entre seus funcionários e a população.
Sem essa flexibilização, a estimativa é que as vendas do setor para o Dia das Mães, que seria comemorado dia 10 de maio, sofram um tombo de 90%.
Doria insiste que a reabertura gradual ocorra a partir de 11 de maio. O governador disse que não abrirá exceções nem para o Dia das Mães.
“Reconheço que é uma data importante para o comércio, que foi institucionalizada pelo meu pai em 1949, e patrocinada pela ACSP. Mas acredito que todas as pessoas saberão compreender que é melhor proteger as mães a colocá-las em risco diante de uma pandemia tão grave”, disse o governador.
Ele elogiou a capacidade criativa do comércio, principalmente das pequenas e médias empresas do setor, para encontrar soluções de vendas pela internet nesse período de restrições à abertura das lojas físicas.
Cotait tem destacado que as vendas on-line, embora estejam crescendo, não são suficientes para recompor os caixas das empresas.
O presidente da ACSP e da Facesp entende que ainda há espaço para negociar a antecipação da reabertura das lojas no estado, principalmente em cidades que não possuem casos de coronavírus e estão com os hospitais funcionando sem pressão da demanda.
O dirigente tem mostrado que apoia as medidas adotadas pelo governo do Estado de São Paulo no controle do contágio pela covid-19, evitando assim o colapso do sistema de saúde paulista. Mas insiste que é necessário um olhar mais acurado sobre a situação atual do comércio.
IMAGEM: Governo do Estado de São Paulo
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