Consumidor demonstra confiança na economia, anuncia Acim
Adriano Luiz Martins, vice presidente da Acim, está confiante em melhora nas vendas do final do ano
O vice presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Marília, Adriano Luiz Martins, considerou como “muito bom”, o resultado da última pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta a confiança do consumidor num crescente de 1,3 ponto em setembro diante ao mês de agosto, na série com ajuste sazonal. “Isso demonstra que o consumidor reage de forma positiva quanto as definições políticas, econômicas e sociais”, opinou o dirigente mariliense ao analisar a pesquisa por completo e observar o resultado animador, com o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficando em 80,6 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, quando estava em 81,2 pontos.
De acordo com o vice presidente da associação comercial local foi a quinta alta consecutiva no indicador, que tinha atingido a mínima histórica em abril deste ano. O descolamento entre satisfação com o presente e as expectativas com o futuro manteve-se em setembro, quando o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 1,3 ponto, de 69,5 pontos em agosto para 68,2 pontos em setembro, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2 pontos, atingindo 90,1 pontos em setembro, o maior nível desde outubro de 2014, quando estava em 94,6 pontos. “Não tenho dúvidas de que viveremos um momento melhor neste final do ano”, disse Adriano Luiz Martins referindo-se as vendas de dezembro com o Natal.
Para o vice presidente da diretoria da entidade de Marília a confiança dos consumidores continua sendo sustentada pelas expectativas em relação aos meses seguintes. “O descolamento recorde entre o ISA e IE, mostra que mesmo após seis meses de melhora gradual das expectativas, a demora para que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho ou da situação financeira das famílias vem levando à sustentação de uma postura cautelosa por parte do consumidor”, argumentou ao avaliar os dados como um todo. “A cautela deve continuar, pois, a instabilidade ainda existe e o comerciante não pode mais errar”, sugeriu. “Animar sim, com cautela e ter segurança nas próximas ações dentro da loja”, palpitou.
O grau de “satisfação” dos consumidores com relação à situação atual da economia piorou em setembro. Caiu 1,8 ponto diante ao mês de agosto. Já o que mede o grau de otimismo com relação à evolução da Situação Financeira das Famílias nos seis meses seguintes foi o quesito que mais influenciou positivamente o ICC, ao subir 3,1 pontos. O levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 a 22 de setembro. “Acredito que a definição quanto ao Presidente da República, de forma longa e demorada, mas sem incidentes, proporcionou maior segurança ao mercado em geral”, falou o vice presidente. “Precisamos agora recuperar o poder de compra do consumidor e começar a perceber a diminuição dos juros e o aumento ao acesso ao crédito”, falou com expectativas positivas quando ao comércio varejista.