Indústria do Alto Tietê é 22ª no ranking estadual de exportações
No primeiro semestre de 2015, região reduziu movimentação no mercado externo e retração do déficit comercial foi de 22,9%
A indústria regional vendeu, no primeiro semestre de 2015, US$ 399,1 milhões no mercado externo. O volume é 13,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. O resultado coloca a Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) na 22ª posição no ranking de exportação das 39 regiões industriais paulistas, responsáveis por 26,4% do que foi vendido pelo Brasil no mercado global.
A situação atual é diferente da registrada no primeiro semestre do ano passado, quando o Alto Tietê teve alta nas exportações e ocupou a 20ª colocação no ranking estadual.
Desta vez, segundo levantamentos dos Departamentos de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) e de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp e da Fiesp, o Alto Tietê reduziu as exportações em 13,9% e as importações caíram 17,9%. Com isso, a corrente de comércio regional teve retração de 16,5%, indo de US$ 1,31 bilhão para US$ 1,09 bilhão.
O saldo da balança comercial, no 1º semestre de 2015, foi deficitário em US$ 294,1 milhões, enquanto, no mesmo período de 2014, o saldo foi deficitário em US$ 381,2 milhões, uma queda de 22,9%.
Segundo José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê, a queda nas exportações e nas importações é reflexo também da crise pela qual a indústria de transformação passa. “Os números são preocupantes porque com a valorização do dólar, esperava-se um melhor desempenho das vendas externas, num contraponto aos negócios no mercado interno, que estão parados”, avalia José Francisco Caseiro. “Esse balanço mostra que, mesmo com o dólar alto, as nossas empresas enfrentam dificuldades para produzir e competir com os concorrentes externos, o que explica também a redução nas importações de matéria-prima e equipamentos”, acrescenta ele.
A remessa de produtos ao exterior dos oito municípios que compõem a Regional do Ciesp Alto Tietê (veja quadro com o desempenho de cada um), no 1º semestre de 2015 foi de US$ 399,1 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado ela somou US$ 463,5 milhões.
Nas exportações da região, os destaques são: papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão (US$ 122,8 milhões); produtos farmacêuticos (US$ 35,7 milhões); e reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 33,2 milhões).
Os principais destinos das exportações da região foram Estados Unidos (21,7% do total exportado); Argentina (17,6%) e Paraguai (5,9%). Já as importações caíram 17,9%, passando de US$ 844,7 milhões para US$ 693,1 milhões, entre o 1º semestre de 2014 e o mesmo período de 2015.
Na pauta importadora da região os destaques são: reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 125,1 milhões); produtos farmacêuticos (US$ 97,0 milhões); e produtos químicos orgânicos (US$ 83,5 milhões). E as principais origens dos produtos importados pelo Alto Tietê foram Estados Unidos (21,4% do total importado); Alemanha (15,4%) e Japão (11,5%).
Segundo o levantamento da Fiesp/Ciesp, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o município de Suzano é o principal exportador da região, respondendo por 68,7% (US$ 274,1 milhões) das exportações do Alto Tietê. Mogi das Cruzes ocupa a segunda colocação com US$ 85,3 milhões (21,4% do total). Biritiba Mirim é a única cidade da Regional que não registrou nenhuma venda no comércio externo no primeiro semestre.
Nas importações, o município de Suzano também é o principal destaque da região, respondendo por 59,5% das importações do Alto Tietê, com um volume de US$ 412,3 milhões em aquisições no mercado global. E novamente Mogi das Cruzes aparece em segundo lugar, US$ 184,5 milhões importados, o que corresponde a 26,6% do total.