Confiança do consumidor brasileiro sobe 6 pontos
É o que revela o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo. Aumento está concentrado na classe C e nas regiões Nordeste e Sudeste
O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que, em outubro, a confiança do consumidor brasileiro marcou 148 pontos – seis a mais do que em setembro. É a mais alta confiança desde junho de 2013, época das manifestações populares, quando o INC havia despencado para 141 pontos.
O índice varia entre 0 e 200 pontos, sendo 200 o otimismo máximo. “Esse aumento se deve ao início das chuvas em regiões do interior do Brasil e à definição do cenário eleitoral. É uma boa notícia. Mas esse crescimento está concentrado na classe C e nas regiões Nordeste e Sudeste, e não no país como um todo”, afirma Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
Segundo Amato, nos períodos pré-eleição a confiança do consumidor tende a cair em razão de incertezas; definido o cenário, a confiança costuma subir. Há um ano, em outubro de 2013, o INC marcou 142 pontos e, há dois anos, 166 pontos, mostrando que o índice ainda não voltou aos patamares de 2012.
A pesquisa, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi realizada entre 16 e 31 de outubro, em 22 estados brasileiros. Foram feitas 1.000 entrevistas domiciliares por amostra probabilística com cota representativa do eleitorado, levando em conta o sexo, idade, escolaridade, PEA (População Economicamente Ativa) e região (PNAD e TSE). A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
REGIÕES
O fim da estiagem e a definição eleitoral podem ter contribuído para os aumentos do INC em algumas regiões e áreas. No Nordeste, o índice marcou 138 pontos, uma alta com relação aos 131 em setembro. No Sudeste, foram 148 pontos contra 137 no mês anterior. Nas capitais analisadas, a confiança marcou 143 pontos, três a mais do que em setembro. No interior foram marcados 153 pontos ante 145. Por fim, nas regiões metropolitanas, o INC foi de 142 pontos ante 135. Já a confiança dos moradores da região Sul ficou estável, com 166 pontos, contra 165. Nas regiões Norte/Centro-Oeste, o INC caiu: em setembro, estava em 162 pontos e, em outubro, passou para 156.
CLASSES
A classe C registrou o maior aumento da confiança, com 156 pontos (12 a mais do que em setembro). Na classe AB, ficou estável em 130 pontos ante 129 em setembro. O mesmo ocorreu na classe DE (137 pontos contra 139 em setembro).
O INC de outubro revela que 48% dos entrevistados consideraram boa sua situação financeira atual – uma leve melhora em relaçao a setembro (45%). “É um dado positivo, mas a parcela ainda é inferior em relação há dois anos, mostrando que esse índice não recuperou a normalidade. O consumidor parou de se endividar, o que não resulta em vendas melhores”, diz Rogério Amato.