Comércio varejista de Campinas e região encerra o semestre com redução de 1,87% nas vendas de 2015
Vendas para o “Dia dos Namorados” foram menores em -0,91% na comparação com o ano passado
O comércio varejista apresentou, em junho de 2015, redução de -0,45% sobre as vendas de maio do mesmo ano, e de -1,22% sobre o volume de vendas de junho do ano passado. E as vendas do “Dia dos Namorados”, inclusive, foram menores em -0,91% na comparação com as do ano passado.
Foi a primeira vez que se apresentaram índices negativos desde 2000, quando a série foi iniciada. No acumulado do primeiro semestre, a movimentação de vendas foi -1,87% inferior em relação ao mesmo período do ano passado, com um faturamento de R$ 6,64 bilhões. Isso representa uma queda de 0,46% em relação a 2014. O destaque no semestre foram as vendas à vista, que cresceram 3,47%, enquanto que as vendas a prazo reduziram -5,61%.
A inadimplência no mês passado em Campinas sofreu uma elevação de 9,82% frente a junho de 2014, e no acumulado do semestre, a expansão foi de 8,60% - a mais elevada do ano, com um total de 93.073 registros vencidos a mais de 30 dias e não pagos. Significa que cerca de R$ 67 milhões deixaram de circular no comércio durante o semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, a inadimplência atingiu 7,80%, com 293.667 inadimplentes que somaram endividamento de R$ 211,4 milhões.
Na avaliação da RMC, o faturamento acumulado foi de R$ 15,85 bilhões, - 0,16% abaixo do registrado em 2014, e com volume de vendas (-1,60%) menor que o do primeiro semestre do ano passado. A inadimplência na RMC cresceu também, em 8,60% no período de janeiro a junho. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 7,51% com 902.045 consumidores inadimplentes, o que resulta em endividamento de R$ 649,5 milhões.
A perspectiva para o 2º semestre continua sendo indefinida, dependente da real implantação do ajuste econômico do governo, que trará mais impactos negativos nos indicadores macroeconômicos. Isso indica que haverá vendas menores que em 2014, o que deve motivar o comércio varejista a criar novas ações de marketing para driblar a crise, que poderá se alastrar até 2016. [Laerte Martins - economista da ACIC]