Prévia da inflação sobe 0,24% em maio
O indicador teve alta de 0,21% no mês anterior, de acordo com o IBGE. Em 12 meses, o resultado ficou abaixo de 4%, após quase 10 anos
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,24% em maio, após subir 0,21% em abril.
O resultado, divulgado hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação entre 0,14% e 0,31%, com mediana de 0,21%.
Trata-se do menor resultado para meses de maio desde o ano 2000, quando o índice havia ficado em 0,09%, de acordo com o IBGE. Em maio de 2016, a alta foi 0,86%.
Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 4,41% em abril para 3,77% em maio, o menor patamar desde julho de 2007, quando estava em 3,71%. O IPCA-15 acumula aumento de 1,46% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até maio foi de 3,77%, de acordo com o instituto.
CONSUMIDORES
A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 7,1% em maio, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao resultado de 7,5% verificado em abril, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores.
O resultado representa o menor patamar desde agosto de 2013, quando estava em 7%. Na comparação com o mesmo mês no ano anterior, o indicador está 3,2 pontos percentuais menor.
"A queda na expectativa de inflação dos consumidores reflete a queda generalizada dos preços, refletida no índice de preços ao consumidor, medido pelo IBGE", diz Pedro Costa Ferreira, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
"As pessoas estão, cada vez mais, acreditando no compromisso do Banco Central em manter a inflação na meta".
Em maio, 50,9% dos consumidores consultados previram inflação inferior a 6% nos 12 meses seguintes, dando continuidade ao movimento de migração das expectativas para valores inferiores ao limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para este ano.
A frequência de respostas inferiores à meta de 4,5% avançou 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, passando a 20,3% do total. Na direção oposta, o porcentual de citações superiores a 10% recuou 1,3 ponto porcentual, para 15,4%, o mesmo nível de março passado.
A expectativa de inflação recuou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 4,800,01 e R$ 9,600,00, cuja previsão ficou relativamente estável em relação ao mês anterior. A redução mais forte da inflação prevista em maio ocorreu entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
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