Agronegócio garante saldo positivo de emprego em junho
No acumulado do primeiro semestre foram abertos 67.358 postos de trabalho com carteira assinada segundo o Caged. Para Alencar Burti, presidente da ACSP, reforma trabalhista vai acelerar contratações
O Brasil abriu 9.821 vagas de emprego formal em junho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira, 17/07, pelo Ministério do Trabalho.
O resultado decorre de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. A geração líquida de 9.821 vagas de emprego em junho foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014.
Esse foi o terceiro resultado positivo seguido. O resultado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro, que esperavam desde fechamento de 12.500 vagas a abertura de 50.000 postos, com mediana positiva em 21.150 vagas.
No acumulado do primeiro semestre de 2017, há uma abertura de 67.358 postos de trabalho com carteira assinada. Nos 12 meses até junho, há fechamento de 749.060 vagas.
O resultado mensal foi puxado pela agropecuária, que gerou sozinho 36.827 postos formais em junho. Em seguida, teve desempenho positivo o setor de administração pública, com geração de 704 vagas.
Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), espera o crescimento das contratações em outros segmentos da economia.
“A agropecuária saiu na frente novamente, mas outros setores aguardam a queda dos juros e a implementação das novas leis trabalhistas para contratarem nos próximos meses”, diz Burti.
Por outro lado, tiveram saldo negativo comércio (-2.747 postos), construção civil (-8.963 vagas), indústria extrativa mineral (-183 postos), serviços industriais de utilidade pública (-657 postos), indústria de transformação (-7,887 postos) e serviços (-7.273 postos).
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