'Heróis anônimos' garantem medalhas ao Brasil na Rio 2016
A maioria dos medalhistas, como o canoísta e recordista Isaquias Queiroz (foto), é desconhecida e de origem humilde
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram salvos por heróis anônimos. Um remador desconhecido do nordeste, uma garota que treina na "Cidade de Deus" e um boxeador baiano deram ao Brasil algumas de suas tão esperadas medalhas.
Originário da remota cidade de Ubaitaba, que em tupi-guarani significa "terra das canoas", Isaquias Queiroz brilhou na canoagem e levou duas medalhas de prata e uma de bronze, entrando para a história como o maior medalhista do Brasil na mesma edição dos Jogos.
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Outro baiano, Robson Conceição, foi recebido com festa no aeroporto internacional de Salvador, com direito a carros de som e gritos de "campeão" vindos do público.
"Este ouro é brasileiro, é baiano e de Boa Vista de São Caetano", disse o boxeador campeão do peso-leve, referindo-se ao bairro pobre onde nasceu e sua família ainda vive.
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Com a vitória, Robson, que é ex-feirante e ex-ajudante de pedreiro, se tornou o primeiro brasileiro a levar uma medalha de ouro no boxe em Jogos Olímpicos.
Já a judoca Rafaela Silva, que veio da favela Cidade de Deus e foi a brasileira que estreou o lugar mais alto do pódio nos Jogos do Rio, chegou a abandonar o esporte em 2012 devido às ofensas racistas que sofria.
O objetivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) era de que o país estivesse entre as 10 primeiras nações no quadro de medalhas.
Nesta edição dos Jogos, o Brasil conquistou, até o momento, 18 medalhas, sendo seis de ouro, seis de prata e seis de bronze e está na 14ª colocação.
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FOTO: Agência Brasil