Consumidor paulista vê melhora na economia da região
Mas quando questionado a respeito de possível perda de emprego no futuro, o paulista se mostra mais pessimista, aponta pesquisa da ACSP/Ipsos
O consumidor paulista viu uma melhora na economia de sua região na passagem de maio para junho de acordo com o Índice de Confiança de São Paulo (IC-SP), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Segundo a pesquisa ? realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 1º e 13 de junho ?, 27% dos paulistas acreditavam que a economia local estava mais forte em junho em relação ao mês anterior. Isso representa uma melhora de cinco pontos percentuais (em maio a parcela era de 22%).
“É um sinal de que a recessão está perdendo intensidade. Alguns fatores que favoreceram o cenário econômico no estado são a queda da inflação, a subida do salário real, o corte da taxa básica de juros, a supersafra agrícola, o crescimento da exportação de veículos e os recursos do FGTS”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O IC-SP também informa que em junho 49% dos paulistas consideravam a economia local muita fraca, uma queda de quatro pontos percentuais ante maio (53%).
CONFIANÇA
Em uma análise geral, a confiança do consumidor paulista ficou estável em patamar baixo em junho (62 pontos) sobre maio (64).
Tanto o IC-SP quanto o INC variam entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos.
O Índice de Confiança de SP traz outro dado positivo: os paulistas conheciam em média 6,26 pessoas que estavam sem emprego em junho. Em maio, essa média era maior (7,53 pessoas).
Mas quando se trata de perda de emprego no futuro, o consumidor se mostrou mais pessimista.
Em junho, 55% dos entrevistados consideravam essa possibilidade muito grande ou pouco grande nos próximos seis meses, uma alta de 12 pontos percentuais frente a maio (43%).
Na mesma linha, os paulistas que consideraram a chance de perder o emprego muito pequena ou pouco pequena caiu de maio (17%) para junho (12%).
“A perspectiva de melhora que vinha se erguendo com relação ao emprego futuro desmoronou com os últimos episódios na área política. Diante disso, o consumidor e o comércio paulistas estão mais cautelosos. O primeiro prioriza compras de menor valor. Já o segundo faz promoções para não afetar o movimento”, conclui o presidente da ACSP.
VEJA A ÍNTEGRA DA PESQUISA:
Índice de Confiança de SP/ACSP
Índice Nacional de Confiança/ACSP