Traga seu cliente para criar com você - Parte 2
Um estudo da consultoria McKinsey aprofunda as maneiras para elevar a efetividade de ações que estimulam a cocriação
Estamos de volta ao tema da cocriação. Recentemente, a consultoria McKinsey elaborou um estudo conduzido junto a 300 empresas europeias para investigar em profundidade as novas fronteiras do relacionamento entre marcas e cidadãos nos processos participativos relacionados à oferta de produtos e serviços.
Entre os principais achados, o relatório final destaca três pilares que sustentam uma estratégia de excelência neste tema:
1) Foco em quem pode realmente colaborar: enquanto 90% dos executivos entrevistados demonstram alto interesse em envolver consumidores em processos cocriativos, apenas 25% dos cidadãos conhecem tal conceito. Neste sentido, as empresas devem esforçar-se cada vez mais em segmentar seus clientes, refinar seus dados de perfil e engajá-los de acordo com a pertinência quanto à ação desenvolvida. De acordo com os interesses de cada um, poderão sentir-se atraídos em participar de ações a partir de suas afinidades. Além disso, é fundamental contar com muitas pessoas, como na experiência da plataforma MyStarbucksIdea, em que a marca americana percebeu que são necessárias entre mil e sete mil indivíduos para constituir uma comunidade efetiva de sugestões relevantes para um produto. Para recrutar pessoas, recomenda a consultoria, é fundamental que elas sejam realmente envolvidas com a marca e não apenas nutram um relacionamento superficial, geralmente baseado e restrito à transação comercial.
2) Motivação: o que impulsiona as pessoas a participarem com interesse pode variar. Recompensa financeira, desejo de aprender, socialização e reconhecimento são alguns dos propulsores neste sentido. Entender estas motivações é fundamental para compreender que tipo de pessoas recrutar para cada situação.
3) Sustentabilidade: é o foco para uma tendência que nada tem de efêmera – progressivamente, os propósitos de marca cuidarão de temas direcionados ao interesse público. Não se trata de “fazer o bem”, mas fazer o correto da maneira certa. Transparência, participação e diálogo são as chaves principais para manter as empresas antenadas com o que os cidadãos pedem hoje e clamarão pelos próximos anos.
Abra as portas e estimule a participação. As pessoas querem e o mercado precisa.